viernes, 20 de noviembre de 2009

IYAMI




Iyámí Osorongá










ÌYÀMÌ-ÒDU quando veio para ser o mundo recebeu diretamente de DEUS o poder sobre todos os ÒRÌSÀS e todos os seres humanos. Poder este, simbolizado por (Éyé) Pássaro residente no interior de uma grande cabaça, a qual é a imagem do mundo contendo o poder existencial e sobrenatural, expressado pelo pássaro em seu conteúdo.

Por isso na cultura Yoruba, ÌYÀMÌ é chamada de ELEYE ( Poderosa Mãe Proprietária do magnifico poder do Pássaro). Poder que metaforicamente abusou... dando motivos para que Olodunmare (Deus) retirasse a parte superior da cabaça, compartilhando com Òòrìsàn’là (o Céu) seu companheiro, ou parte masculina, o qual é a própria e completa extensão celestial. Apartir de então, cobrindo completamente ÌYÀMÌ (a Terra). Assim os dois vieram ao mundo (criados juntos). Quando Olodunmare literalmente visualizou, decretou e criou a força masculina (Òòrìsàn’là) lhe outorgando a partir daquele momento exercer o Poder, do qual, no entanto, Ela (ÌYÀMÌ) o conservará.



Podemos então perceber na comparação entre os mitos, uma perda de valores culturais e religiosos. Pois quem entender ou afirmar, encarando ÌYÀMÌ simplesmente como agente maléfico, Egungun ou como uma Bruxa, isto é simplesmente incorrer numa total falta de informação segura. Como também, é literalmente negar todas as profundidades simbólicas e poéticas existente no culto Yorubà.


O poder de ÌYÀMÌ é atribuído às mulheres possivelmente para que os homens administrem esse poder, sendo que muitos aqui no Brasil desconhecem tal fato, enquanto outros deturpam a não aceitação por uma completa e real falta de sabedoria.



Este poder feminino é uma função somente conferida às mulheres bem idosas, verdadeiras fêmeas-viviperas ( Parideiras), amamentadoras e protetoras de tudo que faz ou gera. Mas pensa-se, que em certos casos este poder pode pertencer também a moças bem jovens. Isto vai, de gerar filhos até a utilização dos poderes sobrenaturais. Poder este, recebido geralmente como herança de suas entes queridas, seja para dar a luz, amparar, ensinar, etc.




Tanto no aspecto material como espiritual (psicológico), os quais, entre outros são poderes sobrenaturais que seria mais viável utiliza-los numa idade madura, esperando atingirem um melhor preparo na vida.



Muito raramente, mais acontece, é certas mulheres de qualquer idade adquirindo voluntariamente o poder sobrenatural, até mesmo sem que o saiba...



Desde as èpocas mais remotas manifestações do culto à ÌYÀMÌ foi apreciado por mulheres. Nas religiões: Yoruba, egípcia e grega quando a alma “essência” era, e ainda é, representada através do pássaro, o qual sempre acompanhou as mulheres numa referencia do poder sobrenatural associadas principalmente as grandes Deusas de vária culturas; Oxun na cultura Yoruba - Isis na cultura Egípcia - Dianna dos Efesos, etc. Elas são paradigmas de fontes de vida elementares e incontrolaveis como a Liberdade. Possuidoras de força e sabedoria própria, o que estimulavam as mulheres a não se submeterem a nenhuma organização ou lei nacionalista.



Em torno da parte feminina, Deus levanta o entusiasmo da humanidade, convidando diferentemente todos os Povos. a uma experiência diretamente com o sagrado.

A evolução do Poderio Feminino.









No século XIV entretanto, marca o fim desse reflorescimento do feminino, com as primeiras fogueiras acesas pela Inquisição, que arderam 500 anos. Esta grande fogueira queima e difama os Templários e encabeça a caça às mulheres dotadas de poderes sobrenaturais “Bruxas", numa tentativa de eliminar o princípio feminino de prazer, liberdade e bonança propiciado pela Mãe-Terra. Na verdade, as fogueiras das bruxas só se extinguiram na Era da Razão. Apesar de aparentemente não corresponderem ao ideal da Era da Razão, quando as mulheres surgiam como um símbolo de uma Força sobrenatural, muitas das vezes mais antiga e poderosa, do que a de um Rei ou Papa.

Quando as qualidades sublimes e sutis do feminino foram renegadas e um período de obscurantismo e clandestinidade se abateu sobre o culto a ÌYÀMÌ (a grande Mãe Terra), ou seja, Mãe das mães doadoras de vida, prazer e felicidade.


No inicio da Era Cristã o culto das divindades femininas de todos os Olimpo declinou. O culto à ÌYÀMÌ (Mãe-Terra) sofreu este mesmo declínio e passou a ser clandestino. Chegando até nós somente os ecos de alguns vultos como poucos fundamentos. Já os mistérios de Eleusis na cultura Grega e romana, as quais cultuavam ÌYÀMÌ com o nome de Deméter e Perséfone. Artemisia em Éfeso, continuaram por um bom tempo um culto inabalável. Nem mesmo o Apóstolo Paulo conseguiu impedir seu Culto. Ela era Diana, a Hécate do mundo romano, a Deusa do ramo dourado consequentemente proprietária da madeira, sendo este um traço característico da Mãe Universal e sobrenatural, a qual foi muitas vezes encontrada em árvores, elemento associado a Eegun (ancestralidade masculina).






OS MANDANDMENTOS DE IFA





OS MANDAMENTOS DE IFÁ










Os conceitos constantes do presente documento representam a herança moral que nos foi legada por nossos ancestrais, consistindo em 16 Mandamentos de Ifá, transmitidos oralmente no dialeto original e traduzidos para o castelhano, idioma em que se encontram escritos nos antigos livros sagrados das seculares sociedades de Ifá de Cuba e que devem agora chegar ao conhecimento de todos aqueles que, de alguma forma, se interessem por nossa religião.



É necessário que, de posse destes conhecimentos, possam todos aqueles que adotaram uma postura desonesta, corrompendo os ditames de Ifá e usando a religião tão somente para usufruírem vantagens financeiras, possam refletir e, retomando a senda do bem, exaltar o sagrado nome de Orunmilá, divulgando-o dentro do respeito e religiosidade esperados de um verdadeiro sacerdote.



Os mandamentos de Ifá nascem no Odu Ikafun e ninguém pode gabar-se de sua autoria.







Itan do Odu Ikafun:




Quando os Maiores (os Irunmole) chegaram a Terra, fizeram todos os tipos de coisas erradas que foram avisados que não fizessem.



Então, começaram a morrer um atrás do outro e, desesperados, puseram-se a gritar e a acusar Orunmilá de está-los assassinando.



Orunmilá então defendeu-se dizendo que não era ele que os estava matando.



Orunmilá disse que os maiores estavam morrendo porque não cumpriam os mandamentos de Ifá.



Então IFÁ disse: A habilidade de comportar-se com honra é obedecer aos mandamentos de Ifá, o que é de sua inteira responsabilidade.



A HABILIDADE DE COMPORTAR-SE COM HONRA E OBEDECER AOS MANDAMENTOS DE IFÁ É MINHA RESPONSABILIDADE TAMBÉM..







Sentença: Eni da ile á bá ilé lo.



Os 16 mandamentos de Ifá.



(Os mandamentos de Ifá nascem no Odu Ikafun)



1o Mandamento - Eles, os 16 Maiores, caminhavam em busca da Terra Prometida, Ile Ifé, a Terra do Amor, para pedirem Ire Ariku (o bem da longevidade) ao Deus Supremo, Olofin. Então perguntaram a Orunmilá: “Viveremos vida longa como foi prometido por Olodumare quando foi feita a consulta através do oráculo de Ifá?” E eles (os adivinhos), responderam: “Aquele que pretende vida longa, que não chame a esúrú” (tipo de inhame parecido com pequenas batatas)”. (Chamar esúrú significa falar do que não se sabe).







Significado do 1o mandamento:



O sacerdote não deve enganar ao seu semelhante acenando com conhecimentos que não possui.



Interpretação:



O sacerdote não deve dizer o que não sabe, ou seja, passar ensinamentos incorretos ou que não tenham sido transmitidos pelos seus mestres e mais velhos. É necessário o conhecimento verdadeiro para a prática da verdadeira religião.



Mensagem:



Quem abusa da confiança do próximo, enganando-o e manipulando-o através da ignorância religiosa, sofrerá graves conseqüências pelos seus atos. A natureza se incumbirá de cobrar os erros cometidos e isto se refletirá em sua descendência consangüínea e espiritual.



2o Mandamento - “Eles avisaram aos Maiores que não chamassem a todos de esúrú”. (Chamar a todos de “esúrú” é considerar todas as coisas como contas sagradas).



Significado do 2o Mandamento:



O sacerdote deve saber distinguir entre o ser profano e o ser sagrado, o ato profano e o ato sagrado, o objeto profano e o objeto sagrado.



Interpretação:



Não se pode proceder a rituais sem que se tenha investidura e conhecimento básico para realizá-los. Chamar a todos de esúrú é considerar a todos, indiscriminadamente, como seres talhados para a missão sacerdotal, o que é uma inverdade ou, o que é pior, uma manipulação de interesses. Da mesma forma que nem todas as contas servem para formar-se o eleké (colar) de um Orixá (como as contas sagradas), nem todos os seres humanos nasceram fadados para a prática sacerdotal.



Mensagem:



Para ser um sacerdote de Ifá, são necessários inúmeros atributos morais, intelectuais, procedimentais e vocacionais.



A simples iniciação de um ser profano, desprovido destes atributos básicos e essenciais, não o habilita como um sacerdote legítimo e legitimado.



Da má interpretação e inobservância deste mandamento resulta a grande quantidade de maus sacerdotes que proliferam hoje em dia dentro do Culto de Orunmilá.



Ai observa-se a diferença entre “ser bàbáláwo” e “estar bàbáláwo”. Aquele que se submete à iniciação visando tão somente o status de bàbáláwo, jamais será um verdadeiro sacerdote de Orunmilá. “Estará” bàbáláwo, cargo adquirido pela iniciação, mas jamais “será” bàbáláwo, condição imposta por sua vocação, dedicação e desprendimento. Cabe ao sacerdote que procede a iniciação escolher, com muito critério, aqueles que são realmente dignos do sacerdócio.



3o Mandamento - Eles avisaram que não chamassem forças, da forma errada “ódidé”. (Uma referência às aves noturnas e misteriosas, que se nutrem de sangue. Dar maus conselhos e orientações erradas é expor as pessoas aos perigos de energias maléficas e sem controle).



Significado do 3o mandamento:



O sacerdote nunca deve desencaminhar as pessoas dando-lhes maus conselhos e orientações erradas.



Interpretação:



É inadmissível que um sacerdote se utilize do seu poder e do seu conhecimento religioso para, em proveito próprio, induzir ao erro aqueles que o seguem. Ao agirem desta forma, assumem a postura das aves noturnas que, nas trevas, saciam suas necessidades com o sacrifício e o sangue dos outros.



Mensagem:



Uma das mais importantes funções do sacerdote é orientar seu discípulo, conduzindo-o ao caminho correto, ao encontro do “irê” (boa sorte), de acordo com os ditames estabelecidos por seu Odu pessoal e seus Orixás de cabeça.



Quem chega aos pés de Orunmilá para consultar seu oráculo em busca de soluções, deve ser orientado pelo sacerdote corretamente, independente do interesse deste como olhador.



A pessoa que chega com um problema deve ter seu problema solucionado e não vê-lo acrescentado de outros criados artificialmente com o fito de proporcionar a quem a consulta, vantagens financeiras ou possibilidade de conquistas e abusos.



4o Mandamento - Eles avisaram que não dissessem que as folhas sagradas do arabá (Ceiba Pethandra), são folhas da árvore "oriro".



(Tudo deve ser feito de acordo com os ditames e os preceitos religiosos. A simples troca de uma simples folha pode ocasionar conseqüências maléficas ou tornar sem efeito um grande ebó da mesma forma que as folhas do arabá não são iguais às folhas de oriro).



Significado do 4o Mandamento:



O sacerdote não pode, em nenhuma condição, utilizar-se de falsos recursos, fornecendo coisas sem validade religiosa como elementos de segurança ou de culto.



Interpretação:



Os procedimentos litúrgicos devem ser observados integralmente e a ninguém cabe o direito de fazer “isto” por “aquilo” quando em “aquilo” é que está a solução.



Mensagem:



Aquele que se utiliza de meios escusos e enganosos contra seus semelhantes, será culpado do crime de abuso de confiança. Usando de artifícios e mentiras contra as pessoas inocentes e de bom coração, o sacerdote provoca o descontentamento de Orunmilá e a conseqüente ira de Elegbara, e isto não é bom. Cada entidade espiritual possui um nome individual, de acordo com a determinação de Olofin (Deus). Da mesma forma, cada Exú Elegbara possui nome e identidade própria, assim como atributos específicos. É inadmissível, portanto, que esta Entidade tão sagrada e importante dentro do culto, seja assentada e entregue de maneira irresponsável, e que aqueles que a recebem permaneçam ignorantes do seu nome, qualidade, forma de tratamento e especificidade de função.



Sentença: “Orunmilá é aquele que nos olha com amor, não façamos por onde possa nos olhar com desprezo”.



5O MANDAMENTO - ELES AVISARAM QUE, NÃO DEVERIAM MERGULHAR FUNDO, AQUELES QUE AINDA NÃO SOUBESSEM NADAR. (O “saber” é fundamental para quem quer “fazer”. Para tanto, é necessário o “poder”, que só a iniciação pode outorgar).



Significado do 5o Mandamento:



O sacerdote não pode proceder a liturgias para as quais não seja habilitado através do processo iniciático ou cuja prática desconheça ou domine apenas parcialmente.



Interpretação:



O BABALÁWO NÃO DEVE OSTENTAR UMA SABEDORIA QUE NA VERDADE NÃO POSSUA. PROCURAR SABER NÃO AVILTA, MAS, PELO CONTRÁRIO, EXALTA O SER HUMANO. O SABER É CONDIÇÃO BÁSICA PARA QUE SE POSSA FAZER.



Mensagem:



Tudo deve ser feito integralmente e com legitimidade total. Se houver dúvidas sobre algum procedimento, deve-se pesquisar profundamente sobre ele. Cabe ao sacerdote ensinar tudo o que sabe àqueles que o cercam e que nele confiam. A sonegação de ensinamentos corretos e completos implica na responsabilidade da prática de suicídio cultural.



Da mesma forma, buscar orientação em quem sabe, nada tem de humilhante e enaltece tanto àquele que busca como ao que fornece a orientação.



A verdadeira sabedoria consiste na consciência da própria ignorância. Só os tolos se exibem e sabem tudo!



Sentença: Deus não deu ao ignorante o direito de aprender sem antes tomar de quem sabe a obrigação de ensinar. (Da sabedoria oriental)



6O MANDAMENTO - ELES AVISARAM QUE FOSSEM HUMILDES E NUNCA, JAMAIS, AGISSEM COM EGOÍSMO. (HUMILDADE E DESPRENDIMENTO SÃO ATRIBUTOS INDISPENSÁVEIS DE UM VERDADEIRO SACERDOTE).



Significado do 6o Mandamento: O bàbáláwo não deve ser vaidoso de seus poderes, mas consciente deles. Não deve agir somente visando o próprio benefício, existe para servir e não para ser servido.



Interpretação:



A vaidade transforma o homem fraco de espírito num pavão que faz questão de exibir sua bela plumagem sem a consciência de que é a sua beleza que, despertando a atenção de terceiros, irá provocar a sua morte.



NO ODU OGUNDAKETE, ENCONTRAMOS ITANS QUE FALAM DO EXIBICIONISMO DO PAVÃO QUE, OSTENTANDO A BELEZA DE SUA PLUMAGEM, ATRAI PARA SI A ATENÇÃO DE TODOS QUE, DEPOIS DE SACRIFICÁ-LO, TRANSFORMAM SUAS PENAS EM BELOS LEQUES E ADORNOS. O VERDADEIRO SACERDOTE, O ELEITO DE ORUNMILÁ, NÃO SE PREOCUPA EM EXIBIR SEU PODER NEM O SEU SABER EM DISPUTAS VÃS E INCONSEQÜENTES. ACUMULA EM SI UMA GRANDE CARGA DE SABEDORIA QUE TRANSMITE COM DEDICAÇÃO A QUEM MERECE SABER.



Mensagem:



O exibicionismo é um dos maiores defeitos num ser humano e inadmissível num sacerdote. Já dizia o velho jargão: “Num burro carregado de açúcar, até o suor é doce”. É assim que, aos olhos do sábio, parecem os exibicionistas: “burros carregando açúcar”.



7o Mandamento - Eles avisaram que não entrassem na casa de um Arabá (título daquele que resguarda os segredos da chefatura de Ifá), com má intenção. (As boas intenções devem prevalecer acima de tudo. A casa do Arabá é o templo onde a iniciação é obtida).



Significado do 7o Mandamento:



A iniciação não pode ser motivada por interesses que não sejam puramente religiosos.



Interpretação:



As verdadeiras intenções do iniciando devem ser cristalinas como a água pura, e desprovidas de qualquer outro objetivo que não seja servir à humanidade através de Orunmilá.



Querer iniciar-se no culto por simples vaidade, para obter status social ou ostentar títulos sacerdotais é profanar o sagrado.



Mensagem:



Aquele que profana o sagrado tabernáculo de Ifá, movido por qual for o motivo, pagará com duras penas o sacrilégio praticado.



Ninguém adentra impunemente o Igbodu Ifá.



O conhecimento corresponde à responsabilidades que nem todos estão preparados para assumir.



É muito melhor errar por não saber do que saber e persistir no erro.



O conceito mais amplo simboliza a atitude de um predador que esconde suas garras procurando adquirir a confiança e os conhecimentos de sua vítima para ter base de agir no momento mais propício aos seus objetivos.



A mesma responsabilidade assume aquele que inicia pessoas que não possuam os requisitos básicos exigidos para tal, visando aí, a simples vantagem financeira.



8o Mandamento - Eles avisaram que não deveriam usar as penas “ekodidé” para limparem os seus traseiros.



(A pena do ekodidé é um dos símbolos mais sagrados dentro do culto e, por este motivo, jamais deverá ser profanada).



Significado do 8o Mandamento:



Os sagrados fundamentos não podem ser usados com objetivos vãos. Os tabus devem ser integralmente observados sob pena de severas conseqüências.



Interpretação:



O sacerdote deve submeter-se de bom grado às interdições impostas por seu Odu pessoal, assim como aos tabus de seu Olori.



A observância destes ditames está diretamente ligada ao estado de submissão às deidades cultuadas.



As obediências totais às orientações de Ifá conduzem o homem à plenitude das bênçãos.



Utilizar-se dos sagrados conhecimentos de forma leviana corresponde à profanar o sagrado.



A figura aqui utilizada representa muito bem tal atitude. “Limpar o traseiro com penas ekodidé” é o mesmo que usar coisas sagradas com objetivos condenáveis e fúteis.



Não se deve utilizar o poder da magia para prejudicar a quem quer que seja.



A prática do mal, invariavelmente, apresenta resultados mais rápidos, mas conduz a caminhos tortuosos que não têm volta.



Da mesma forma, aquele que se utiliza destes poderes visando unicamente auferir vantagens econômicas, está em desacordo com os sagrados ditames e será responsabilizado por isto.



9o Mandamento - Eles avisaram que não deveriam defecar no epô.



(A sujeira e a falta de higiene são incompatíveis com o rito).



Significado do 9º mandamento:



O epô (azeite de dendê) corresponde ao sangue vegetal. Elemento sagrado e indispensável no ritual, há de ser sempre muito puro e limpo.



Da mesma forma, tudo deve ser limpo, os instrumentos, os ambientes, os assentamentos, as pessoas e, principalmente, as atitudes.



Não se admite, sob nenhuma hipótese, a falta de limpeza e de higiene em qualquer aspecto, quer seja físico, ambiental ou moral.



Mensagem:



O sacerdote deve ser escrupuloso com tudo.



Seus instrumentos litúrgicos, os assentamentos das entidades cultuadas, seu corpo, suas atitudes e seu caráter hão de permanecer, sempre, impecavelmente limpos.



Nenhum Orixá admite a sujeira, seja ela física ou moral.



10o Mandamento - Eles avisaram que não deveriam urinar dentro do afó.



(O afó é o local onde se fabrica o azeite de dendê em terra yorubá).



Significado do 10º Mandamento:



Tudo aquilo que antecede a um rito e que a ele faça referência, deve ser realizado com limpeza e religiosidade.



Interpretação:



Da mesma forma que o ritual deve ser cercado de cuidados de limpeza, a confecção das comidas e oferendas deve seguir os mesmos princípios.



Preparar as comidas ritualísticas é também um rito e deve ser realizadas em total circunspecção e concentração religiosa.



Mensagem:



Durante a preparação das oferendas e comidas ritualísticas a atitude de quem dela participa deve ser a mesma de quem participa do ritual em si.



É inadmissível que, neste momento sagrado, as pessoas estejam consumindo bebidas alcoólicas, falando coisas vulgares, discutindo, brigando ou tentando exibir seus conhecimentos, humilhando a quem sabe menos.



A postura será sempre sacerdotal, o silêncio e a concentração devem ser mantidos e, ensinar a quem não sabe ou a quem sabe menos, é uma obrigação sagrada.



11o MANDAMENTO - ELES AVISARAM QUE NÃO SE DEVE RETIRAR A BENGALA DE UM CEGO. (a bengala de um cego substitui seus olhos e indica os obstáculos que se interpõem em seu caminho). Significado do 11º mandamento: o sacerdote não pode prevalecer-se de sua carga de conhecimento para humilhar ou confundir a ninguém. O sacerdote há de ter o mais profundo respeito pelos que sabem menos. Ninguém tem o direito de descaracterizar o que os outros sabem e acreditam. Abalar a fé de quem sabe pouco ou nada sabe, é retirar a bengala de um cego, deixando-o sem qualquer orientação nas trevas em que caminha.







Interpretação:



Mensagem:



UMA DAS MAIS IMPORTANTES MISSÕES DO SACERDOTE É ENSINAR E ORIENTAR. MUITAS VEZES SURGEM PESSOAS QUE NADA SABEM E JULGAM SABER. É NESTE MOMENTO QUE O SÁBIO AFLORA NO SACERDOTE E A ORIENTAÇÃO CORRETA E O ENSINAMENTO CERTO SÃO PASSADOS, COM DOÇURA, SUTILEZA E HUMILDADE, SEM MELINDRAR A QUEM OS RECEBE E SEM PROVOCAR CONFUSÕES EM SUA CABEÇA. TUDO DEVE SER ENSINADO COM CLAREZA E LÓGICA. ASSIM, O BABALAWO, NO EXERCÍCIO DE SEU SACERDÓCIO, ASSUME TAMBÉM A MISSÃO DE MESTRE.



12o Mandamento - Eles avisaram que não se retira um bastão de um ancião.



(O bastão do ancião representa o acúmulo de experiências adquiridas nos longos anos em que viveu).



Significado do 12º Mandamento:



Deve-se respeitar e tratar muito bem ao mais velhos, principalmente os mais antigos na religião.



Interpretação:



O respeito aos mais velhos é um dos principais fundamentos de uma religião onde, reconhecidamente, antigüidade é posto.



Faltar-lhes com o devido respeito e atenção é como retirar-lhes o bastão em que se apóiam.



Aquele que sabe respeitar, acatar e amar aos seus mais velhos, sem dúvida receberá o mesmo tratamento quando também caminhar apoiado no seu próprio bastão.



Mensagem:



Os velhos, pelas experiências vividas, representam verdadeiros mananciais de sabedoria onde cada um deve procurar beber um pouco, saciando a sede de saber.



São livros sagrados, cujas páginas devem ser lidas com paciência e carinho.



Uma religião que, durante séculos incontáveis, teve seus fundamentos transmitidos oralmente, deve valorizar, sobremaneira, aqueles que são depositários destes conhecimentos.



Um velho, por mais obtuso que possa parecer à primeira vista, sempre terá algo, obtido nos longos anos vividos, a ensinar.



Devemos lembrar sempre que, se antigüidade é posto, saber é poder!



13o Mandamento - Eles avisaram que não se deitassem com a esposa de um Ogboni.



(“Ogboni” é um título que significa juiz ou magistrado, representa uma pessoa digna de respeito).



Significado do 13º Mandamento:



As autoridades devem ser respeitadas integralmente.



Interpretação:



O “Ogboni” da sentença representa, genericamente, as autoridades e as leis por elas estabelecidas.



O Sacerdote, como homem de bem, deverá pautar sua vida de acordo com os ditames das leis dos homens e das sagradas leis de Ifá.



Mensagem:



O homem religioso não pode viver à margem da lei e da sociedade da qual deve fazer parte como célula importante.



Pugnar pela obediência às leis é uma das obrigações de um sacerdote que, neste sentido, deve também orientar os seus seguidores.



Da mesma forma, as leis de Ifá, devem ser observadas integralmente e a ninguém cabe o direito de manipulá-las em benefício próprio ou de outrem.



14o Mandamento - Eles avisaram que nunca se deitassem com a esposa de um amigo. (Não se deve trair um amigo). Significado do 14º Mandamento: Os amigos devem ser respeitados e uma amizade não pode ser traída.



Interpretação:



“Deitar com a esposa de um amigo” é a maior injúria que o sacerdote pode praticar contra esta pessoa. A sentença busca valorizar o sentimento de amizade que deve ser pautado sempre, no respeito mútuo e na reciprocidade ética, que em hipótese alguma, podem ser esquecidos.



Mensagem:



“Um amigo vale mais do que um parente”. Esta afirmativa da sabedoria popular fundamenta-se no fato de que os parentes nos são impostos pelo destino, ao passo que, os amigos, cabe-nos escolher dentre as inúmeras pessoas que surgem no decorrer de nossas vidas. Se elegemos, de livre e espontânea vontade, os nossos amigos, por que traí-los? Por que não dar a eles o mesmo tratamento que gostaríamos que nos dessem? Conservar as amizades tratá-las com respeito e carinho é, acima de tudo, uma demonstração de sabedoria. As amizades devem ser cultuadas e ninguém deve criar animosidade entre amigos colocando em risco uma relação que pode representar um grande tesouro. “Mais vale um amigo na praça do que dinheiro no banco”. (Da sabedoria popular).



15o Mandamento - Eles avisaram que não semeassem discórdias religiosas.



Significado do 15º Mandamento:



Não se deve usar a religião para motivar a separação e a guerra entre os homens.



Interpretação:



A religião tem por finalidade única unir os homens através de Deus. Não é concebível, portanto, que possa ser utilizada como elemento apartador dos seres humanos. Mesmo no âmbito de uma mesma religião pode-se verificar a atuação de pessoas que, de forma nefasta e visando seus próprios interesses, jogam uns contra os outros, semeando a desconfiança e a discórdia entre sacerdotes, irmãos e adeptos.



Mensagem:



Muitas guerras, incorretamente denominadas “guerras santas”, têm feito derramar o sangue de inocentes, enlutando famílias e propagando a dor e o pranto. A motivação religiosa que as incentiva é, no entanto, uma máscara para o seu motivo real: a obtenção do poder. O verdadeiro sacerdote deve pugnar pela união dos homens, independente de seu credo religioso. Deus é um só e todos os homens são seus filhos e, por conseqüência, irmãos entre si. Da mesma forma, os sacerdotes de uma mesma religião devem agir dentro de uma ética que os impeça de falarem mal uns dos outros, utilizando-se de meios condenáveis para atrair os seguidores de seus coirmãos.



16O MANDAMENTO - ELES AVISARAM QUE NUNCA FALTASSEM COM O RESPEITO OU QUISESSEM DEITAR-SE COM A ESPOSA DE UM OUTRO SACERDOTE.



(Todos aqueles que possuem cargos religiosos são importantes e dignos de respeito).



SIGNIFICADO DO 16º MANDAMENTO: OS SACERDOTES, INDEPENDENTE DE FUNÇÕES E HIERARQUIA, DEVEM RESPEITAR-SE MUTUAMENTE.



Interpretação:



Uma única palavra pode sintetizar o 16o mandamento de Ifá: “Ética”.



Mensagem:



A falta de ética entre os sacerdotes de nossa religião, muito tem colaborado para o seu enfraquecimento e falta de credibilidade pública. O sacerdote dotado de postura ética, jamais abre a boca para apontar erros e defeitos em seus irmãos. Se os constata, procura corrigi-los de forma sutil e, se possível, despercebida aos olhos alheios, sem alardear aquilo que considera errado.



Muitas pessoas tentam encobrir os próprios erros e esconder a própria incompetência, apontando, de forma espalhafatosa, o erro e a incompetência dos outros. Esta é uma atitude incorreta que só tem prejudicado e impedido um maior desenvolvimento da nossa religião.



Pode-se ouvir todas as noites, em programas de rádio produzidos e apresentados por sacerdotes e sacerdotisas do culto aos Orixás, verdadeiros absurdos praticados em nome de nossa religião. As pessoas que se ocupam neste tipo de divulgação deveriam refletir um pouco mais sobre sua atuação, na maior parte das vezes exageradas e motivadas por problemas de ordem pessoal, e os malefícios que produz, não somente aos alvos de suas críticas, mas na religião dos Orixás como um todo que, a cada denúncia feita pelo ar, cai no descrédito e na execração pública.



Cada denúncia divulgada publicamente representa uma nova arma para o arsenal dos detratores de nossa religião.



A seleção será feita, naturalmente, por Orunmilá e os Orixás, através da ação de Exú. Só a eles cabe julgar o que é certo e o que é errado. Só a eles cabe separar o joio do trigo.




OS 16 ODÙ MAIS VELHOS NA ORDEM DE IFÁ



OS 16 ODÙ MAIS VELHOS NA ORDEM DE IFÁ



1- Eji Ogbe: Osala, Sango, Oya, Ogun, Obaluaye, Nana

2- Oyeku Meji: Iyami Osoronga (Aje), Ori, Ogun, Ososi, Oya

3- Iwori Meji: Ifa, Esu, Nana, Obaluaye, Osumare

4- Odi Meji: Esu, Egun, Odu, Osala, Sango, Iroko, Osun

5- Irosun Meji: Osun, Osumare, Esu, Iroko, Ibeji, Sango, Ososi

6- Owonri Meji: Logun Ede, Obaluaye, Yemoja, Yewa

7- Obara Meji: Oya, Erinlè, Abiku, Odù

8- Okanran Meji: Yemoja, Ososi, Ifa, Esu

9- Ogunda Meji: Ososi, Osun, Nana, Ogun

10 - Osa Meji: Osala, Oya, Iyami Osoronga (Aje), Sango

11 Ika Meji: Onilè, Ogun, Ori

12 Oturupon Meji: Oya, Ifa, Egun, Ibeji, Iyami, Osoronga (Aje)

13 Otura Meji: Ifa, Sango

14 Irete Meji: Obaluaye, Ososi, Iroko, Iyami Osoronga (Aje)

15 Ose Meji: Osun, Osanyin

16 Ofun Meji: Osala, Odù, Esu, Ifa












ORDEM DOS 16 ODÙ NA ORDEM MERÍNDILÒGÚN



Òkànrán – Èsù

Éjì Òkò - Òsàlúfón, Ibéji, Àbíkú

Étà Ògúndá - Ogum, Iemoja

Irosun - Iansan, Egun, Iemoja Osòósí

Òsé - Omulu, Osun, Iyami

Obara - Sango, Osòósi, Ori

Odi - Esu, Osun

Eji Oko - Osala (Osagyán) e Sango

Osá - Yemonja, Yansá, Ori

Ofun - Osàálá (Osálufón)

Owórín - Esu, Iansán

Ejilá Seborá – Sango

Eji Ologbón - Nàná, Obalwayé, Egun

Ika - Osumaré, Osanyin, Ibeji

Ogbéogundá - Obá, Iewá, Iemojá, Ogun

Àláàfiá – Orunmilá





CUMPRIMENTOS






A Cultura Tradicional do Povo Yorùbá é muito rígida no tocante a educação e respeito.





Os mais jovens são ensinados a manter todo o respeito pelos mais velhos. Compreendendo que a idade é sinal de posse de experiência e sabedoria. O cumprimento dos mais jovens para com os mais velhos é um sinal de demonstração desse respeito.

O DÒBÁLÈ - (tradução literal = peito na terra vindo de dùbúlè que é deitar) é o cumprimento feito "somente pelos homens", não cabendo a mulher a atitude de deitar em respeito.







Para as mulheres cabe TOMAR A POSTURA CHAMADA DE KÚNLÈ (LITERAL = JOELHO NA TERRA), ou seja, simplesmente "ajoelhar" e pedir a bênção daqueles que são merecedores de respeito.
Apesar de poligâmica, e às vezes extremamente machista, essa Cultura mantém um extremo cuidado para com as crianças e mulheres. Nos cumprimentos, as mulheres não expõem ao perigo seus seios ou ventre, para o caso das gestantes, deitando-se sobre eles no chão como é o ato do dòbálè. Esse costume de cumprimentar deitando-se ou ajoelhando-se foi mantido nas Ilé Òrìsà, porém com o grave erro, o de fazer as mulheres deitarem-se colocando os seios no chão, que saliento, não é do costume do Povo Yorùbá. O cumprimento, não está relacionado com o Òrìsà Olorí (Dono da Cabeça), mas está diretamente relacionado com a Boa Educação e com os cuidados com as mulheres. Portanto que se compreenda que, é dever dos que mantém as Tradições do Povo Yorùbá exigir o respeito a quem de direito, mas é dever dos mais velhos zelar pelo bem estar daqueles que se submetem à ele.


Kúnlè é o que as mulheres devem fazer para cumprimentar.







jueves, 19 de noviembre de 2009

PATAKÍES DE IROSUN

IROSUN






(Nadie sabe lo que hay en el fondo del mar)


Había una madre que estaba triste porque su hijo iba a gobernar a otra tierra, pero el hoj le dijo que no temiera, pues él iba con sus mejores amigos, ya que los había escogido.Salieron rumbo a la tierra que los esperaba para tomar el puesto de gobernador, pero llegaron a un lugar en el cual había que pasar por unas cuevas, y él fue el primero en entrar. Pero pronto,los que iban con él, le taparon la salida porque le tenía mala voluntad y enbidia, ya que iba a desempeñar un cargo que los otros no habían podido conseguir, pero no llegaron a matarle porque el mar rugió, las olas lo sacaron y escapó, llegando a su destino.






IROSUN celebró un convite e invitó a sus vecinos a la fiesta. Puso la comida y as bebidas más malas que encontró pero, a pesar de todo, los invitados comieron y bebieron hasta que se cansaron. Cuando se retiraron surgió un dscontento, e Irosun dscubrió quénes eran sus amigos apesar de que todos compartían con él.




PATAKÍES DE OGUNDÁ (Discusión o tragedia por una cosa)




Erufú teniía que hacer una rogación con un perro que poseía. Erurú era muy déspota y maltrataba a los demás chicos quienes se pusieron de acuerdo y le hicieron la guerra. Por tal razón que Erurú tuvo que salir huyendo para el monte. Cuando llegó al monte vío un tinajón e se merió adentro dejando el perro afuera. El perro viendo que su amo no lo escondia dentro tambiém, se cansó de esperar e se regresó al pueblo a comer y luego los enemigos de Erurú le dieron de comer y o echaron para el monte para seguirlo. Cuando el perro se detuvo al lado del tinajón, los enemigos de Erurú sacaron al hombre y lo mataron. Luego premiaron al perro.



Había una persona que no hacia nada porque nada le gustaba hacer, y como se aburríatanto, decidió mudarse del pueblo, porque en el suyo lo había probado todo.
Llegó al otro pueblo y lo primero que se encontró fue a una persona que llevaba un jamo(red en forma de manga) en la mano y se dirigía a una laguna.Movido por la curiosidad, lo seguió y vio como el otro intentaba atrapar un lindo pez

















( PEZ NIGERIA)
El pescador al descubrirlo no le gustó, y vio, además, que el extraño cogía un pez con su mano, como él lo habia intentado anteriormente sin lograrlo. Empezaron a discutir a quién le tocaba el pez y se fueron a las manos. En la pelea, el pez escapó al agua y los dejó riñeando.


Laquin y Adofin eran unos muy buenos amigos. Un día Laquin le dijo a su amigo que le cudara la bolsa porque iba a un lugar y no quería llevarla. Al otro día le dio a guardar una mercancía, porque tenia tanta que temía que se le pudriera. Al tercer día, le dio a guardar unas monedas porque le tenía confianza. Adofin dio una fiesta, en la fiesta hubo bebidas y varios amigos se emborracharon y, en la confusión, le robaron las monedas que Laquin le había dado. Al otro día, Laquin fue a pedirle que le entegara las monedas y Adofin le contó lo sucedido, pero Laquin no se convenció y se pelearon. Luego regó por el pueblo la calumnia de que Adofin le había robado en complicidad con los demás.



Cierta vez se reuniron todas las gentes para pelear con Ologi, entonces éste mandó a hacer juntas de todo el pueblo y buscó a Oggún fue arrancándolas y amontanándolas, hasta que llegó Orula que fue el último. Oggún le preguntó por qué llegaba tan tarde, Orula le contestó que él no estaba de acuerdo en pelear con su padre Olofi. Entonces Olofi le dijo a Orula: YA QUE HAS LLEGADO TARDE, PORQUE NO QUERÍAS PELEAR CONMIGO, SIEMPRE LLEGARÁS TARDE Y SERÁS EL ULTIMO EN HABLAR, PERO SERÁS EL REY DEL PUEBLO.



domingo, 8 de noviembre de 2009

BRIGA DE SANTO

GUERRA DE "SANTO"








Infelizmente, é muito comum ouvir expressões do tipo: "Estou com guerra de "santo"; tem dois Orisa disputando minha cabeça”.



Por mais estranho que possa parecer, isso tem se tornado muito corriqueiro. A dúvida que tenho é: essa situação é gerada por ignorância ou maldade?



SABEMOS QUE, QUANDO OLODUMARE DETERMINA O NASCIMENTO DE UMA PESSOA, AUTOMATICAMENTE, JÁ DETERMINOU SUA ORIGEM. CADA CORPO POSSUI UM ESPÍRITO, QUE, NADA MAIS É DO QUE UMA PEQUENA MASSA DE ENERGIA DESPRENDIDA DE UM ORISA. SENDO ASSIM NÃO É POSSÍVEL UMA GUERRA DE ORISA, OU AINDA DESCENDÊNCIA DUPLA, CABEÇA DE DOIS ORISA AO MESMO TEMPO, OS FAMOSOS "ORI MEJI". EXISTEM ALGUNS CASOS PARTICULARES, QUE POR UMA QUESTÃO DE TRAVESSIA DO ATLÂNTICO (NA ÉPOCA DA ESCRAVIDÃO), FORAM AGRUPADOS EM UMA MESMA CATEGORIA, POR AFINIDADE OU SEMELHANÇA, E SÃO DENOMINADOS ORISA DE FUNDAMENTO, COMO É O CASO DE AIRÁ, QUE NÃO É SANGO, MAS É CHAMADO COMO TAL.




Como disse, quando os negros vieram na humilhante condição de escravos, não podiam cultuar suas Divindades, por isso, precisaram esconder seu culto no sincretismo, e com o passar do tempo, foram feitas algumas adaptações, isto é, agruparam algumas divindades. Considero importante que algumas pessoas que se intitulam Babalorisa ou Iyalorisa, antes de saírem por aí confundindo a cabeça de pessoas ingênuas e cheias de fé, procurem conhecimento, para não denegrir ainda mais a imagem do culto. O sacerdote que recebeu em sua iniciação, o conhecimento da interpretação do oráculo de Ifá, saberá como identificar a origem espiritual de cada pessoa. Descartando as intuições ou vidência.

martes, 3 de noviembre de 2009

Iyami A Grande Mãe






       
 Iyami A Grande Mãe










A virtude de poder trazer filhos ao mundo que têm as mulheres, um fato quase mágico, maravilhoso que as acerca ao divino, é e foi também motivo de temor em muitos povos antigos, algo que era inexplicável, pelo qual as mulheres sempre foram vistas como possuidoras de certo poder especial. Fala-se da famosa "intuição feminina", mas mais do que nada, em todas as culturas há uma tendência a transformá-la em "bruxa", no sentido de crer que tem poderes inatos para comunicar-se com forças além do alcance do entendimento do homem. O mito da "bruxa" que voa na vassoura acompanhada por pássaros macabros é quase mundial, com pequenas diferenças segundo o lugar do mundo do qual falemos.

Também se relaciona a fecundidade com o misterioso sangue menstrual, que é a marca que pauta a conversão da menina numa mulher, daí em mais será considerada também uma Iyami, aquela que em qualquer momento deixará de ter a regra, inchando-se o ventre, revelando que tinha em seu interior a "cabaça da existência", o caminho pelo qual todos vêm do Orun para o Aye. Mais para confirmar dita transformação em "mulher" levam-se a cabo os "ritos de passagem" nos que as meninas-mulheres estarão isoladas durante vários dias, alimentadas e vestidas de um modo especial, onde conhecerão todos os segredos relacionados com as mulheres, os que serão devidamente dados pelas anciãs de sua comunidade.

Os ritos assegurarão entre outras coisas que seja possuidora de uma "cabaça” fértil e o alinhamento de seu lado espiritual feminino com seu corpo, convertendo-a numa mulher em todo sentido. Há ao final uma apresentação em público das garotas que deixaram atrás a etapa da meninice, para que os homens lhes tenham em conta no momento de querer escolher uma esposa. A palavra Iyami por si só, em realidade não identifica à mulher com o lado escuro de seu poder, muito pelo contrário é um modo de exaltar e homenagear sua capacidade de engendrar apelando a seu lado protetor maternal, pois significa: "Minha mãe". Esta forma de referir-se a qualquer mulher expressa um sentido de reverência àquela que serve de ponte entre os antepassados e os vivos, bem como também reflete seu importante papel maternal. Desse modo todas as divindades femininas são chamadas também Iyami, mais não no sentido de "bruxas" senão por tratar-se de uma homenagem verbal às grandes MÃES ESPIRITUAIS.



Embora a mulher seja fértil (ao menos em teoria por ter a regra), não se lhe considera apta para encarregar-se de certos aspectos importantes dentro das religiões africanistas. por muitos motivos, os principais não podem revelar-se aqui por tratar-se de um conhecimento que só devem possuir sacerdotes que adquiriram certo status na comunidade. Mais algumas razões práticas têm a que ver com o atendimento constante que requer o culto e uma mulher não pode dedicar-se por inteiro ao mesmo já que segue tendo a regra, pois devem abster-se do contato com as divindades durante esse período e no caso de ficar grávida, durante os últimos meses, o parto e a posterior quarentena (sem contar que depois por vários meses todo seu atendimento deve ser para o bebê).




Quando se fala de Iyami Osoronga muda bastante o conceito antes exposto, pois se refere ao mito sobre o poder feminino associado às AVES a partir de certas espécies que atracaram a mente do homem por sua rareza ou comportamentos macabros. Ainda que também não isolado das mulheres ou dos Orisas o mito Iyami se relaciona com estas por seus estômagos, mais precisamente com seu útero, ao qual sempre nos referimos como Igba Iwa (a cabaça da existência). Trata-se da comparação metafórica entre um ovo fecundado e a barriga da mulher grávida, onde se costuma dizer que a mulher tem o “poder do pássaro encerrado na cabaça”. No útero da mulher não se vê a simples vista ao bebê, mas sim se sentem seus movimentos, enquanto no ovo (de uma galinha, por exemplo) não se aprecia o movimento, mas se pode ver a depois de luz ao filhote, em ambos os casos se pode apalpar a fecundidade e o surpreendente poder "mágico" que isto implica.




O mito Iyami Aye então, não é o culto às mulheres bruxas nem às aves macabras, senão que é a associação mágica e metafórica entre o poder feminino da fecundação e o poder místico de algumas aves noturnas (principalmente) que somado a certos temores e sentimentos negativos dos seres humanos cria no espaço etéreo os Espíritos Coletivos das Eleye (donos das aves) ou Iyami Aje (Minha mãe feiticeira) ou mesmo Iyami Osoronga, todas estas denominações que aludem ao mesmo.












Estes espíritos são impessoais, nunca tiveram corpo humano nem o terão, fazem parte do homem e a natureza ao mesmo tempo, espécie de "parasitas" que aparece junto com o homem no mundo por causa de sua existência, não têm consciência, são alimentados pela idéias malignas e os temores, por isso se tornam consideravelmente perigosos no plano astral. Podem ter sexo masculino ou feminino e sempre vem em casal, representando o equilíbrio, a dualidade existente em todos os planos, inclusive no de nossos próprios temores mais escuros.



A crença popular yoruba se crê que têm forma humanóide com plumas, mais nunca se representam em imagens ou gravuras, só se intui seu poder através dos pássaros, os que majoritariamente são usados como símbolos nas bengalas metálicas (osun) dos Babalawos ou nas coroas dos Obas, representando que o possuidor tem a autoridade para acalmar-lhes e que para ganhar tal titulo primeiro teve que render homenagem ao Poder Feminino. As Iyami Aje atuam sob a supervisão de Oso e têm estreita relação com outros Orisá como Ogun que é o dono dos sacrifícios e quem provê o sagrado líquido pertencente à Eléye .



Quando há uma influência negativa por parte dos Eleye masculinos se diz que são os Oso quem estão trabalhando na contramão da pessoa, ainda que nunca haja um culpado externo responsável destes ataques, pois em verdade sempre é a própria pessoa que muitas vezes ganha "o castigo" através de seu comportamento. As Eleye são executoras da lei num sentido inverso, isto é, procurar o bem a partir do mau. Toda pessoa que tenha certa inclinação às características negativas para os demais está alimentando estas forças e ao mesmo tempo antevendo o mau perigosamente, o que em longo prazo faz com que a própria energia negativa da pessoa se converta em seu próprio juiz, Iyami Osoronga posará suas patas em cima de sua cabeça.


Não há nenhum ebó capaz de vencer o trabalho destes Espíritos, o único que se pode no máximo é apaziguar-lhes e isso é porque "vivem" em nossas entranhas, em estado latente. Sua função se torna importante, pois apesar de ser "inimigas" das pessoas tendem a regular o comportamento do Ser Humano através de seus medos. Quem deseja que Iyami Osoronga não se torne um obstáculo em sua vida deve frear os sentimentos de inveja, ciúmes, rancor, bem como qualquer pensamento negativo para seus semelhantes. Crê-se que as Iyami se reúnem em assembléia numa mesa presidida por Oso, onde se conspiraria e especularia sobre as maldades a realizar enviando os Ajogun após o questionamento se foi feito ou não os *ebó marcados por Babalawos através de Ifa. Deste modo servem de reguladores do comportamento frente às dívidas geradas ante as divindades, por causa de ter rompido o equilíbrio existente de alguma maneira seja numa vida anterior ou na presente.



A Iyami Ayé pertence toda sangue derramado na terra e também são quem controlam o sangue menstrual a que quando aparece revela a presença próxima destas criaturas, o que explicaria as dores típicas e o comportamento histérico que costuma ter as mulheres nessa etapa. Isto também é outra razão pela qual nos sacrifícios para Orisá o sangue não deve tocar a terra - existindo um método ritual que evita isso - e por que a mulheres com sua regra devem manter-se afastadas do culto. Ao suceder qualquer das duas coisas ou ambas, seria um tabu e a cerimônia estaria quebrada, devendo conferir ao oráculo por alguma solução.




Costuma-se oferecer-lhes preferencialmente as vísceras, pois se considera que é sua comida favorita, as que se preparam sempre depois de qualquer sacrifício para os Orisá de um modo especial e são apresentadas em pratos de barro forrados come ewe Lara. Os etutus para iyami são conhecidos como Iyala e significa "que o mal desapareça". Se lhes oferece também, durante qualquer sacrifício, um eko que serve para proteção, pois as acalma quando é despejado na terra, este representa o poder feminino, pois entre outros ingredientes leva: plumas - simbolizam muitos filhos e proteção; sangue - representa a menstruação e a vida.



Presume-se que a palavra Aje utilizada como "bruxa" prove da contração de Iya je (a mãe que come) aludindo a seu voraz apetite, sempre atraída pelo cheiro a sangue e vísceras ela pode vir sob a forma de mosca, pássaro, gracioso ou inclusive outros animais.